domingo, 8 de agosto de 2010

Retratos

Retratos A educação a serviço educação

Francikely Cunha Bandeira

Especificidade é qualidade daquilo que é específico, o que é particular a uma espécie. Assim, vamos tratar daquilo que é específico da Filosofia e está disponível a serviço da educação, portanto, a atividade investigativa propriamente dita, já que todo estudo inclui o investigar. Falar de Filosofia implica falar sobre vida e tudo que está presente em seu fluxo. Falar de educação é fazer referência ao que se considera fundamental para a formação do indivíduo, isto é, o conjunto daquilo que é essencial para seu desempenho e manutenção na vida como todo. Desse modo, já é possível assimilar a ideia de que a Filosofia é inseparável da educação e, mais que isso, são compreensões interdependentes.
Podemos nos remeter ao nascimento da Filosofia para melhor introduzir sua compreensão enquanto instrumento a serviço da educação, por assim dizer. A história da Filosofia nos diz que ela nasce do espanto que é algo natural e constante na vida das pessoas. Foi por meio do espanto que o homem começou a filosofar, quando não encontrou respostas satisfatórias para tantas questões. Foi então a partir da ausência de respostas que o homem se confrontou com sua própria ignorância e, tentando fugir dela, desejou conhecer. Desse modo, a primeira virtude do filósofo é admirar-se e, sendo esta a condição de onde advém a capacidade de problematizar, não se pode pensar em Filosofia sem problematização, o que não lhe confere, por sua vez, o título de detentora da verdade, mas aquela que a busca.
Nada escapa à investigação filosófica. Tratar das especificidades da Filosofia a serviço da educação é, na verdade, uma forma de mostrar como teorias que datam de séculos passados estão vivas no nosso contexto. Qualquer coisa que se tenha intenção de estudar irá exigir esforço do pensamento como meio para atingir o que se pretende. Podemos, assim, entender a Filosofia como ponto de partida de todo conhecimento humano organizado, tendo se ocupado de muitos temas que, por sua vez, estimularam e produziram o vasto campo do saber que conhecemos hoje, dividido em ciências.
Na Grécia Antiga, foi alcançado um ideal de educação: a Paideia. Consistia numa educação integral dada ao indivíduo, por assim dizer. A necessidade torna compreensível a Filosofia enquanto fundamento do conhecimento humano e possibilita a introdução de disciplinas filosóficas nos currículos, tendo como resultado, por exemplo, a Filosofia da Educação, Filosofia da História, Filosofia Política, entre outras.
Entender a Filosofia e a Educação nesta perspectiva é fazer da Filosofia uma análise crítica, acreditando no importante papel que o estudo filosófico cumpre no processo de humanização do homem, isto é, burlando a superficialidade e mergulhando no que parece inalcançável.

* FRANCIKELY CUNHA é graduada e licenciada em Filosofia pela Universidade Federal da Paraíba
Retratos

Retratos A educação a serviço educação

Francikely Cunha Bandeira

Especificidade é qualidade daquilo que é específico, o que é particular a uma espécie. Assim, vamos tratar daquilo que é específico da Filosofia e está disponível a serviço da educação, portanto, a atividade investigativa propriamente dita, já que todo estudo inclui o investigar. Falar de Filosofia implica falar sobre vida e tudo que está presente em seu fluxo. Falar de educação é fazer referência ao que se considera fundamental para a formação do indivíduo, isto é, o conjunto daquilo que é essencial para seu desempenho e manutenção na vida como todo. Desse modo, já é possível assimilar a ideia de que a Filosofia é inseparável da educação e, mais que isso, são compreensões interdependentes.
Podemos nos remeter ao nascimento da Filosofia para melhor introduzir sua compreensão enquanto instrumento a serviço da educação, por assim dizer. A história da Filosofia nos diz que ela nasce do espanto que é algo natural e constante na vida das pessoas. Foi por meio do espanto que o homem começou a filosofar, quando não encontrou respostas satisfatórias para tantas questões. Foi então a partir da ausência de respostas que o homem se confrontou com sua própria ignorância e, tentando fugir dela, desejou conhecer. Desse modo, a primeira virtude do filósofo é admirar-se e, sendo esta a condição de onde advém a capacidade de problematizar, não se pode pensar em Filosofia sem problematização, o que não lhe confere, por sua vez, o título de detentora da verdade, mas aquela que a busca.
Nada escapa à investigação filosófica. Tratar das especificidades da Filosofia a serviço da educação é, na verdade, uma forma de mostrar como teorias que datam de séculos passados estão vivas no nosso contexto. Qualquer coisa que se tenha intenção de estudar irá exigir esforço do pensamento como meio para atingir o que se pretende. Podemos, assim, entender a Filosofia como ponto de partida de todo conhecimento humano organizado, tendo se ocupado de muitos temas que, por sua vez, estimularam e produziram o vasto campo do saber que conhecemos hoje, dividido em ciências.
Na Grécia Antiga, foi alcançado um ideal de educação: a Paideia. Consistia numa educação integral dada ao indivíduo, por assim dizer. A necessidade torna compreensível a Filosofia enquanto fundamento do conhecimento humano e possibilita a introdução de disciplinas filosóficas nos currículos, tendo como resultado, por exemplo, a Filosofia da Educação, Filosofia da História, Filosofia Política, entre outras.
Entender a Filosofia e a Educação nesta perspectiva é fazer da Filosofia uma análise crítica, acreditando no importante papel que o estudo filosófico cumpre no processo de humanização do homem, isto é, burlando a superficialidade e mergulhando no que parece inalcançável.

* FRANCIKELY CUNHA é graduada e licenciada em Filosofia pela Universidade Federal da Paraíba

Nenhum comentário:

Postar um comentário