quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Um caso na filosofia: método socrático

Sócrates foi o grande dos grandes, ateniense nato. Talvez seja o personagem mais enigmático da historia da filosofia. O homem que desafiou toda uma geração e deixou ao mundo uma maneira singular e talvez a mais influente forma de fazer filosofia com seu método de questionar o nosso próprio conhecimento acerca das coisas.
Sabemos que Sócrates nasceu em Atenas e que ali passou toda a sua vida, ele se considerava ignorante à cerca das coisas, e vivia nas praças dos mercados e nas ruas onde conversava com vários tipos de pessoas, surpreso com a revelação do Oráculo de Delfos, que lhe dizia que ele era o mais sábio de todos os homens, resolveu sair em busca da confirmação desta sentença com o método que caracterizaria toda a filosofia.
Conhecemos a vida de Sócrates, sobretudo através de Platão, seu discípulo e também um dos maiores filósofos da historia.
Platão escreveu muitos Diálogos, ou conversas filosóficas, nos quais Sócrates aparece com seu método. Um deles, que temos conhecimento é o dialogo do Mênon. Onde mostra que o ponto central de todo método de Socrátes como filósofo estava no fato de que ele não queria propriamente ensinar as pessoas. Para tanto, em suas conversas, Sócrates dava a impressão de querer aprender com seus discípulos. Ao “ensinar” ele não assumia a posição de um professor tradicional. Ao contrário, ele dialogava, discutia. Geralmente no começo de uma conversa, Sócrates só fazia perguntas, como se não soubesse nada. Durante a conversa, freqüentemente conseguia levar seus discípulos a ver os pontos fracos de suas próprias reflexões. Uma vez pressionado contra a parede, o interlocutor acabava reconhecendo o que estava certo e o que estava errado.
Observamos que Sócrates buscava a verdade através do diálogo. Como característica, o seu método em forma de diálogo sempre buscava essencialmente a verdade sem nenhum interesse adicional ao seu objetivo. Constam em alguns relatos que a mãe de Sócrates era parteira, e o próprio Sócrates costumava comparar a atividade que exercia com a de parteira. Sócrates achava, portanto, que sua tarefa era ajudar as pessoas a “parir”, pois o verdadeiro conhecimento vem de dentro.
Sócrates fingia nada saber , forçando as pessoas a usar a razão. Era capaz de se passar por ignorante, ou de mostrar-se mais tolo do que realmente era. E assim, conseguiu expor as fraquezas do pensamento dos atenienses e entender que ele era um a mais entre os homens justamente porque consciência de nada saber.
Com base nestas afirmações, destaca-se que a metodologia EAD, se aproxima do método socrático, pois, neste contexto não há espaço para o professor dententor e tramissor do saber. Assim como Sócrates, o tutor é aquele que não oferece respostas prontas, mas sim, suscita dúvidas para que o aluno desperte o conhecimento por vezes adormecido.
Contudo, o trabalho do tutor, é favorecer a reaproximação do aluno ao saber, no meio de reminiscências que, retomam o saber inato, sendo este processo, único e individual. Onde , o conhecimento e a aprendizagem dependem diretamente da disposição e da vontade de cada um.

Polo: Cachoeiro de Itapemirim/ES. Agosto de 2010
Grupo: Beraldina Aparecida Rodrigues Souza
Gessiedna Pereira de Souza Silva
Iêda Mardgan Games
Raquel Gava Filgueiras
Disciplina: Metodologia em EAD

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